As memórias que constroem "Estações e Moradas" são dos moradores de um local onde antigamente era uma fábrica de cerâmica, que após ser desativada deixou o solo contaminado, unido ao Rio Tietê, um dos símbolos da cidade de SP, que carrega tanta história da população e a trajetória de poluição no decorrer dos anos. As ferrovias que cercam a região, são o símbolo de tantas viagens e migrações. Assim como a história se dá com dois viajantes em busca de seu espaço, a proposta de encenação e composição do cenário também. Fazendo com que o espetáculo possa ser levado e apresentado em qualquer lugar, carregamos conosco o cenário e os adereços, representando a chegada e construção das memórias escutadas e transformadas em poesia.

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Conforme as cenas acontecem, em meio a um jogo de cena composto por diálogos e narrativas, os adereços se transformam, chegam visualmente como uma coisa e são ressignificados. Feitos de materiais como a madeira e o alumínio que trazem o simples e funcional, o que se usa no trabalho.

A música no espetáculo é construída a partir de elementos inspirados na música de raiz, muito presente no dia a dia das pessoas que vieram do interior ou de outros locais do Brasil, para as grandes cidades. Explorando também os sons cotidianos, dos objetos de cena e o jogo com as palavras.